Rumo à greve do dia 16, SindSaúde-SP reforça mobilização
    Autor: Redação SindSaúde-SP
    11/07/2025



    Com uma paralisação de 48 horas marcada para o próximo dia 16 e o informativo já protocolado junto aos principais órgãos do governo paulista, o SindSaúde-SP reuniu, nesta sexta-feira (11), o Comando de Greve para definir os últimos detalhes do movimento.

    A mobilização começará às 7 horas do dia 16, se estenderá até as 7 horas do dia 18 e cobrará que o governo se posicione sobre as pautas da campanha salarial, levadas pelo sindicato ao governo de São Paulo em fevereiro deste ano.

    O encontro aconteceu na sede da CUT, no Brás, região central de São Paulo, para preparar a greve que, conforme destacou o presidente do SindSaúde-SP, Gervásio Foganholi, ocorrerá em todo o estado de São Paulo.

    Além das unidades de saúde, os(as) diretores(as) do sindicato e os(as) delegados(as) sindicais de base também dialogarão com as câmaras municipais, conselhos municipais de saúde e com a imprensa da Grande São Paulo e do interior, para levar à população os problemas que os profissionais têm enfrentado, as propostas de solução e como o governo tem se omitido em discutir tais pontos.

    Gervásio ressaltou que a gestão paulista tem adiado uma reunião — que foi novamente remarcada e está prevista para o dia 23 — e acredita que isso seja uma estratégia para avaliar a capacidade de mobilização, o que aumenta a responsabilidade em promover uma greve ampla.

    “Temos condições de resolver o calote do FGTS, aumentar o tíquete-refeição, aprimorar o Prêmio de Incentivo, o financiamento do Iamspe (Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de São Paulo), mas o que vai garantir isso somos nós. Esse é o momento de fazer a nossa pauta avançar. Temos organização, representação nas bases e razões para lutar, mas a vitória depende do nosso trabalho, de mostrar que a greve de 48 horas é apenas um esquenta e que pode ser muito maior se não formos atendidos”, disse.

    Luta estadual

    Também presente no encontro, o secretário de Administração e Finanças da CUT-SP, Douglas Martins Izzo, ressaltou a importância do ato na Avenida Paulista nesta quinta-feira (10), que, além de reivindicar o fim da jornada 6 x 1, a redução da jornada sem redução de salário e a isenção do Imposto de Renda para Pessoa Física com renda de até R$ 5 mil mensais, também levou às ruas pautas específicas de cada categoria.

    Ele destacou que a entidade defende uma luta unificada de todo o funcionalismo para frear o modelo entreguista que levou os serviços de trens, água e energia elétrica ao colapso.

    “Precisamos construir um calendário unificado dos trabalhadores do serviço público de São Paulo. Se nos juntarmos, será mais difícil para o governo. Vamos expor todos os problemas que temos”, ressaltou o diretor, segundo o qual a Central também realizará um seminário no segundo semestre para discutir o tema.