Mudou o governo, mas não mudou a forma de governar e mesmo com tantas gestões reacionárias, inimigas do funcionalismo e da população que utiliza os serviços públicos, o SindSaúde-SP tem conquistas das quais se orgulhar e continua a mobilizar as bases para lutar por condições dignas de trabalho para profissionais da saúde.

Mais um passo nesse sentido ocorreu na manhã desta quarta-feira (21), no Hospital Regional de Osasco, quando o sindicato promoveu o ato de posse dos(as) delegados(as) sindicais eleitos(as) pelas bases na região e que ocuparão os postos até 2027.

Foi a primeira de uma série de cerimônias que ocorrerão em todo o estado. O evento reuniu trabalhadores(as) e representando o HRO, estava diretora de enfermagem, Dulcinéia Goncalves. Pelo SindSaúde-SP, participaram o presidente, Gervásio Foganholi, a secretária-geral, Janaina Luna, a secretária de Formação e Organização Sindical, Ana Cristina Manente, e o diretor para região de Osasco, Rubens da Silva, o Rubinho.

Com a atividade, o sindicato oficializou os 11 eleitos e deu continuidade ao processo de renovação de lideranças que darão continuidade ao trabalho constituído pela entidade.

O presidente Gervásio Foganholi apontou a importância dos(as) delegados(as) para fazer o enfrentamento ao processo de destruição dos equipamentos públicos que tem sido aprofundado na gestão Tarcísio de Freitas.

“Ninguém até hoje conseguiu comprovar que privatizando ou terceirizando melhora o atendimento à população, mas esse modelo foi acelerado no atual governo, enquanto as pessoas que estão aqui, que garantiram o atendimento durante 20, 30, 40 anos, durante a pandemia, vão sendo colocadas para escanteio, transferidas para outros setores, cidades, porque a ideia é acabar com funcionalismo público. Porque para o governo não interessa se as pessoas estão sendo bem atendidas”, apontou.

Apesar disso, ressaltou o dirigente, cada um dos(as) eleitos(as) segue fundamental para garantir avanços que foram conquistados, mesmo diante de todas as dificuldades.

“O lema que está na camiseta de vocês, sindicato de lutas e conquistas, é o que nos define. O aumento de 5% que o governo aprovou não repõe sequer a inflação e queremos mais. Conseguimos reduzir a jornada para 30 horas semanais, mas foi regulamentada em São Paulo a dupla jornada e o duplo vínculo, que afetam a qualidade de vida dos profissionais e o atendimento à população. Garantimos a Bonificação por Resultado (BR) que a saúde não recebia e agora recebe e estamos em plena campanha salarial e queremos discutir perdas históricas, tíquete refeição, que é uma vergonha, e condições de trabalho”, lembrou.

A importância dos representantes do SindSaúde-SP nas bases também foi lembrada pela secretária Janaína. “As peças fundamentais desse sindicato são vocês, que apontam o caminho para o embate e juntos teremos de fazer o enfrentamento para manter nosso emprego, defender a democracia, o SUS (Sistema Único de Saúde) e a os direitos trabalhistas contra as terceirizações”, destacou.