Em debate no Incor, SindSaúde-SP aponta como flexibilização de direitos prejudica sociedade
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    Em debate no Incor, SindSaúde-SP aponta como flexibilização de direitos prejudica sociedade
    Autor: Redação SindSaúde-SP
    08/05/2025

    Crédito: SindSaúde-SP

    O Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) promoverá até o dia 27 de maio encontros que tratam de aspectos relacionados ao mundo do trabalho. Nessa quinta-feira (8), o SindSaúde-SP participou da abertura da série em uma mesa redonda que discutiu as mudanças no direito do trabalho e como afetam os campos da saúde e financeiro. 

    Presidente do sindicato, Gervasio Foganholi, destacou que a PEC da Morte com Teto de Gastos, em 2016, e a reforma trabalhista, aprovada em 2017, deixaram sequelas que trouxeram mais insegurança a trabalhadoras(es) e perda de garantias históricas, além facilitar demissões e impediram mais investimentos na saúde.

    Ações alinhadas ao desejo de enfraquecer a luta conjunta das(os) trabalhadoras(es) por meio do ataque às organizações sindicais com o estrangulamento do financiamento ou restrições ao acesso à Justiça do Trabalho. 

    Sob a mesma lógica, o governo do estado de São Paulo, apontou o dirigente, aprovou a Reforma Administrativa em 2021, durante a gestão do ex-governador João Doria (PSDB) atingindo os profissionais do serviço público. Reforma que, assim como as aprovadas em âmbito federal, também causou precarização dos vínculos, redução de concursos públicos e a ampliação de contratos de gestão privados e terceirização de setores das unidades de saúde. 

    Prejuízos embalados pelo verniza da flexibilização de direitos, sempre um nome associado à subtração de conquistas.

    “Sempre quando ouço a palavra flexibilização, se trata de retirada de direitos e menos direitos são menos dinheiro no bolso do trabalhador, portanto, também sinônimo de prejuízo para a economia”, alertou o dirigente. 

    Diante disso, conforme salientou Gervásio, não há luta unitária que arranque conquistas como as garantidas pelo SindiSaúde-SP, que mesmo com todos esses obstáculos, alcançou reajustes salariais, redução de jornada para 30 horas, primeiro para área técnica e depois para os administrativos da administração direta e a Bonificação por Resultados (BR). 

    Mais prejuízo
    Ainda durante a apresentação no anfiteatro do Incor, Gervásio lembrou que o ex-governador Doria (então PSDB) emplacou com a reforma administrativa o fim de vários benefícios como faltas abonadas, o reajuste anual automático do Adicional de Insalubridade e facilitou as demissões e exonerações no serviço público, mesmo para as(os) efetivas(os). 

    O cenário ficou ainda pior para os profissionais da saúde, que precisam dobrar a jornada para garantir ganhos minimamente decentes, conforme lembrou o dirigente durante bate-papo que sucedeu a apresentação. 

    “Lutamos pela redução da jornada para garantir qualidade de vida e melhorar a qualidade de atendimento, permitir às trabalhadoras e trabalhadores que se qualificassem. Mas a maioria precisa de duplo vínculo e plantão pago para complementar a renda. Que qualidade de vida tem quem trabalha 70 horas semanais?”, questionou. 

    Ao final do encontro, o presidente do SindSaúde-SP ainda respondeu questões sobre um Plano de Demissão Voluntária, que não está em curso até o momento no estado, o reajuste do tíquete refeição, que o sindicato tem cobrado, e a previsão da realização de concursos, outra reivindicação que segue sem proposta por parte da gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos). 










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